O Parto nas Civilizações Antigas

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  • Posted on: 15 October 2018
  • By: claudio

O que aconteceu com esse primata predador, especificamente essa cultura, que dominou o planeta, para ter passado por uma mudança tão significativa e com tantas implicações na sua maneira de nascer?

Vamos tentar responder olhando para os outros tempos e outros povos.

No final do século passado, quando os que chamavam a si de "civilizados" iniciam a revisão do assunto, estudaram o parto nas civilizações antigas e nos povos "primitivos". Engelmann (1881), em seu livro "Labor among Primitive People", descreve:

"[...] varia a posição do parto de acordo com sua constituição, tamanho da pélvis, e com os vários estágios do trabalho de parto, de acordo com a posição da cabeça da criança na pélvis", e conclui:

"O cuidado com que, no fim do trabalho de parto, as mulheres não civilizadas fogem do decúbito dorsal, de sobejo prova que nos casos vulgares, tal posição é a menos recomendável e tenho para mim que os parteiros, com olhos de ver, hão de ratificar o fato, bem conhecido dos selvagens, ignorantes, mas observadores, como os negros e os índios - a posição horizontal delonga o trabalho e não evita perigos".

G. L. Witkoski, auto de um livro publicado em 1887, "Historie de I'Accouchment's chez tous les peubles", relata a ocorrência de parto na posição deitada somente entre o siameses. Suas descrições são detalhadas, e ele conclui:

"Julgo dever admitir que no primeiro período do trabalho de parto, a posição natural da mulher é a vertical [...] no período expulsivo, reclama seus privilégios o decúbito dorsal, com travesseiros ou almofadas que permitam uma inclinação de 45°".