Os Sons, as Cores e os Cheiros
Em 1976, idealizamos uma sala de parto que ajudasse a gestante a quebrar a imagem pré-concebida, muitas vezes pessimista, em relação ao parto.
Usamos cores, estimulamos o relaxamento com música. Os sons, as cores e os cheiros são ondas eletromagnéticas.
O ritmo de vida do homem era no início ditado por dois fatores para além do seu controle: noite e dia, obscuridade e luz.
A noite trazia-lhe um ambiente no qual a ação teria que cessar. O homem recolhia-se a sua caverna ou árvore, dormia e esperava o dia. Esse trazia um ambiente no qual a ação era possível; assim, ele saía para caçar ou arrumar sua comida. A noite trazia passividade calma e uma diminuição do metabolismo basal e atividade glandular.
O dia trazia atividade, um aumento do seu metabolismo basal e uma secreção glandular aumentada, dando a ele energia e incentivo.
As cores associadas com esse ambiente são o azul escuro do céu da noite e o amarelo brilhante da luz do dia.
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Na sala de parto usamos as cores amarelo e alaranjado da atividade; o azul claro e o escuro, azul do Nilo, do relaxamento e da meditação, e o verde da vida. Por que o azul escuro relaxa? Pois, sendo o homem um animal diurno, à noite tem de dormir. O amarelo? Atividade, o sol levanta e o homem vai trabalhar. Para a coruja, um animal noturno, é o contrário.
Todas essas reações são eletroquímicas, provocando reações na retina, que se transmitem pelo nervo ótico, e deste aos hormônios cerebrais, por meio da liberação da serotonina. Isto está incorporado em cada um de nós.
Assim, certos sons relaxam, como os sons com o mesmo ritmo, o batimento cardíaco, por exemplo. Se colocarmos um recém-nascido para escutar o batimento cardíaco, ele acalma.
O balançar-se de um lado para outro, num compasso de dois tempos - que é de novo o ritmo cardíaco -, suscita segurança. (Rock and Roll - to Rock = balançar). Outros sons nos fazem ficar excitados, como as marchas guerreiras.
Estimulamos as gestantes a praticar relaxamento com música, que seria usada também no momento do parto.
Colocamos almofadas brancas no chão, com material que estimulava o tato.
As luzes eram todas indiretas e suaves.
A intenção foi criar um ambiente que rompesse com a imagem de hospital e colocasse as pessoas em contato com si mesmo.