As Culturas se Comunicavam
Na antiguidade as culturas se comunicavam.
Alexandre Magno chegou à Índia e é com ele que acontece o encontro do saber grego com o budismo e vedanta.
As gregas da época arcaica tinham seus filhos de joelhos, apoiadas sobre os cotovelos. Um vaso antigo do Museu do Louvre mostra Leto nesta atitude. Moshion, médico grego (200 AC) aconselhava à parteira não ficar em frente à parturiente para não ofender seu pudor, pois poderia "fechar a passagem", fato que podemos presenciar muitas vezes na sala de parto. Também descreve a posição em seu tempo. A mulher, em uma cadeira baixa, apoiada de trás pelos joelhos e troncos de uma assistente que evitava o "jogar-se para os lados". A parteira ficava em frente.
Essa imagem está representada no Pantheon.
As romanas davam a luz sentada em cadeira especial, acompanhada pela parteira:
A criança era depositada pela parteira no chão para que o pai a tomasse, o que significaria o reconhecimento. Caso isso não acontecesse, a criança era abandonada em lugares públicos. O aborto e o infanticídio eram práticas legais.
Soranus de Éfesus, que exercia a medicina em Roma, no tempo de Trajano, aconselhava, nos casos difíceis, a paciente a ajoelhar-se, como faziam as gregas.
Em Pompéia e no Porto de Roma, descobriram-se vasos representando a parturição em cadeiras baixas. Entre os povos orientais, a posição do parto variava, de cócoras ou de joelhos.
Na China, por volta de 1100 d.C., na dinastia Sung, a obstetrícia tornou-se uma especialidade. Existiam vários tratados sobre o assunto, um deles com 24 volumes, com 260 artigos divididos em oito partes versando sobre ginecologia e cinco sobre obstetrícia. O autor pertencia a uma família de médicos de diversas gerações; para escrever este livro, consultou trabalhos de mais de vinte autores.