O Contato e a Sensualidade

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  • Posted on: 15 October 2018
  • By: claudio

A repressão sexual, tentando imprimir uma moralidade, castigando o contato e a sensualidade, provocando pudor e vergonha, causou a confusão entre a eliminação e os órgãos da função sexual.

Houve a vinculação das atitudes sexuais com as atitudes entre os processos de eliminação e vice-versa. A imagem torna-se nebulosa, associada com sujeira e com a culpa, "Tira a mão daí!".

A eliminação exige isolamento e tem-se a separação sexual. O ato da eliminação é facilmente associado com a violação de tabus morais enraizados no Ocidente, como, por exemplo, o de não tocar os genitais em público ou de mantê-los ocultos dos demais.

O complexo de culpa gera tensão, o que faz com que a eliminação não se dê. É preciso pensar em outra coisa, relaxar, se distrair.

O binômio sexo-pecado permeia esses processos.

A elaboração da sexualidade no processo civilizatório imprimiu medo, culpa e deveres, transformando os desejos antes vitais do homem em desejos pervertidos, em ganância, poder e destruição.

Foi afastada, assim, a essência da sexualidade; sensualidade presente no cotidiano, com seus momentos de sensação de união com o todo.

O homem civilizado passou a defender-se dessa sensação com medo de perder-se.

Tanto o nascimento quanto o orgasmo têm a possibilidade de sensação de fusão com o todo, de êxtase, de amor.

Os dois momentos se relacionam. Para haver nascimento há de haver fecundação.

Afora as exceções religiosas, e o futuro que já chegou, a maioria precisa relacionar-se.