A Visão da Gravidez na Modernidade

Languages

Portuguese, Brazil
Parto Humanizado
Data: 
Curitiba, maio de 2007
Autor: 
Dr. Cláudio Paciornik

Como é a visão da gravidez?

 

Existem várias visões, milhões, pois cada individuo pode ter uma.

Pensava em descrever a minha, as que escuto, as que testemunho.

Descrever como estas visões existiram e se formaram, tentando percorrer com vocês os tempos e as visões do mundo em que os homens e mulheres destes tempos tem e tiveram.

Distraído abro um livro de bolso no café em que estava e li:

...todo trabalho é vazio, a não ser que haja amor;

e quando trabalhais com amor, vos ligais a vos mesmos, e aos outros...

...o trabalho é tornar o amor visível...

E na última página,

....Em pouco tempo, um momento de descanso ao vento, e uma outra mulher me dará a luz. [1]

 

A gravidez acontece durante o amar de um homem e uma mulher.

O nascimento é um acontecimento festejado todos os anos pela vida afora.

É propiciar-nos a possibilidade de afeto, respeito, alegria.

Por quê nós,  “humanos”, precisamos de cursos de humanização?

Nos cursos nos ensinam que não há necessidade de nos comportarmos como numa guerra, cheia de perigos escondidos e inimigos a espreita, onde são necessários generais com uma divisão de tanques, canhões, aviões e mísseis.

Temos que nos ensinar,  que não precisamos nos depilar, colocar tubos para esvaziar os intestinos, colocar instrumentos perfurantes, ligados a tubos líquidos, quando podemos beber, evacuar, caminhar.

Caminhar durante o parto, proibido nos lugares eleitos como templos de cura até 30 anos atrás. Mães deitadas, com calmantes injetados para relaxar e apressar a dilatação do colo uterino, e depois hormônio, a ocitocina gotejada na veia para apressar o nascimento. E cortar a vagina para facilitar o nascimento, como se a  gravidez e o parto tivessem que ser modernizados como nossos meios de transporte. Deve estar igual a pelo menos 500.000 anos.

Um “batedor” (guia que conhece bem o caminho) que conheça o caminho, que goste de andar por ele, que tenha feito várias viagens, e aprendido com outro bom  batedor, que sabe dizer o que as pegadas, as plantas, e o gritar do falcão são e qual o significado do vento Norte. Que saiba onde se abrigar do mau tempo. Ele vai ajudar nesta viagem da vida muito melhor que um erudito de biblioteca. Ah, o erudito também pode ser um excelente batedor.

E  o que dizer, que necessitamos de ao nascer, sermos separados de donde viemos, para sermos examinados, aquecidos, aspirados por um motor elétrico com sondas passadas pelo nosso nariz,  mostrados à mãe, e levados para pesar e ficar sendo observados numa prateleira de acrílico, com um aquecimento vindo de resistências elétricas de cima, e depois num bercinho, num lugar denominado berçário para que tenham certeza que estamos bem.

Recomendações da Organização Mundial da Saúde, dizem que estas medidas não são necessárias. Que outras atitudes devem ser estimuladas, como:

Você pode andar durante o período de dilatação. Pode ficar da maneira que sentir mais confortável. Não precisa ficar em jejum. Não é o Ramadã, ou o Yom Kipur, e mesmo que fosse, não precisaria ficar em jejum.

Pode fazer suas eliminações na hora que sentir vontade. Se tiver alguém querido que te ampare quando estiver sentindo as contrações, e que te massageia as costas, por que não?

Se ajuda pode fazer. Ah, a OMS não tem certeza se a massagem, ajuda;  a acupuntura, parece que não sabe. Mas se você sabe que o do-in o shiatsu, o afeto ajudam...

Na hora do nascimento se quiser gritar, ficar de quatro, de cócoras, sentada, numa bola, rebolando, se te fizer sentir melhor fique. Um banho morno, que delícia, como relaxa! Parir na água, com o teu amor, pai, marido, quem seja te amparando, na posição que facilite.

E eu que nasço, ufa, que bom. Não tenho pressa, não sei que existe relógio ainda. Levo o tempo que levo, ninguém me puxa, me estapeia, ordenha o cordão que me traz alimento, ou corta ele já que nasço (a OMS recomenda, eu não). Deixa eu começar a respirar tranquilo, dar uns espirros se precisar, pra jogar as águas pra fora! O calor me pega e sinto todo aquecido, movimentando, junto acariciado. Minha língua passa e eu sugo no quentinho, e assim vou ficando, alerta, olhando...

 

Em Curitiba, “capital ecológica” do Brasil

Aqui na cidade de onde escrevo, Curitiba, com mais de 3 milhões de habitantes, cidade modelo no Brasil, com muitos parques verdes, os nascimentos se dão em 90% de cesariana nos hospitais que atendem convênios. Na rede que atende SUS, 45% são cesarianas. A posição dos 10% ou 50% que tem parto via vaginal, são deitados. Hoje se estimula o andar, mas ainda existem as salas de pré parto.

Em muitos lugares ainda o neném fica 6 horas em observação no berçário.

Em maternidades “Amigas da Criança” que visitei no Brasil, pese toda a boa intenção, os berços aquecidos estão ao lado das camas de parto que permitem pouca movimentação. A presença do pediatra, o primeiro a receber a criança, é considerado sinal de qualidade. E é quando se faz necessário.

No Brasil, o ministério da saúde vem estimulando, prêmios para os hospitais “Amigos da Criança”, a formação de casas de parto onde o nascimento é atendido por uma equipe multidisciplinar, e visto como um acontecimento familiar.

Há uma mudança de paradigma, uma nova visão vem sendo semeada. A visão da humanização na saúde. Este trabalho já dá frutos, e está aumentando.

 

Volto a pergunta, por quê nós, humanos, temos que nos humanizar?

Vou pelo zig-zag da história, tateando a ideia dos ancestrais para tentar entender. Vou citando alguns humanos que nos antecederam e que foram reconhecidos por suas ideias.

Sentimos “calor humano”, quando amparados, queridos, aconchegados, considerados e respeitados. É o calor da fogueira, lembrança profunda do grupo protegido das intempéries e de perigos.

O humano pode ser benevolente, amoroso,  assim como podemos viver o seu contrário, a ira, a inveja, a raiva, o ódio,  todas as emoções.

“Eles não saberiam o certo, se o oposto não existisse..." (Heráclito, 480 a.C.)

O oposto e o certo decorrem da cosmovisão que a sociedade tem como crença principal.

A gravidez, o nascimento e a criação, estão associados com as crenças e a cosmovisão do grupo ou sociedade em que estão inseridos.

Nas sociedades que tivemos oportunidade de conviver, retratar e estudar, os seus integrantes são parte do cosmos. São irmãos dos seus irmãos, e também dos outros seres, animados ou não. O universo todo é vivo, povoado de deuses, suas plantas tem consciência e são remédios.

A natureza é encarada como detentora de direitos e nós como tendo deveres e fazendo parte com ela. Este ponto de vista ético não se encontra na tradição ocidental, nem na tradição teológica-escolástica da Idade Média.

Ao contrário, o ocidente teve a formação de que os animais não tem alma, apesar de serem denominados de animados. Assim como as coisas são inanimadas.

Até séculos atrás os escravos e os índios também eram desalmados pela igreja e pelos interesses dos poderes coloniais.

Por isso não tinham direitos, e nós não tínhamos deveres com eles.

Podemos tratar os animais como coisas, e as coisas (inanimadas) como coisas.

Isto nos permitiu e nos permite explorá-las sem constrangimento.

Como consequência desta crença, ao tratarmos o planeta como coisa, já destruímos o planeta em que vivemos.

A ideia do homem estar apartado da natureza é na verdade bastante recente.  Anteriormente o homem jamais teve essa ideia. Ele sempre se considerou parte da natureza, íntima e fundamentalmente ligado a ela e inserido nela. 

Os processos sexuais humanos são idênticos aos da natureza, e há uma conexão profundamente enraizada entre ambos.

Esse era o padrão do mundo e remanescentes dele continuaram por séculos, depois da aceitação do cristianismo, nos chamados cultos de feitiçaria da Europa Ocidental, que eram antigos cultos de fertilidade que haviam sobrevivido desde tempos muito antigos.

O conceito de unidade com a natureza foi abandonado no mundo civilizado durante um período que começou pelo século VII antes de Cristo. Toda a concepção então mudou para a ideia de que, de alguma forma, o homem está separado da natureza.

Esse processo é percebido na Índia com o surgimento do jainismo e o budismo. É visto no Oriente Próximo com o surgimento dos profetas hebreus. É  visto na Grécia com o surgimento de Pitágoras [570 a.C.]. [2]

Com o Renascimento europeu, busca-se a volta ao clássico.

Como reação a fé dogmática da idade média busca-se  a separação entre a razão e a fé.

Rene Descartes, fundador da filosofia moderna dá supremacia a Razão e declara como evidente: “Penso, logo existo”.

Descartes nos deu o dualismo cartesiano - mente e matéria. A importância da certeza alcançada por meio da dúvida, como base do conhecimento.

Meritório ao tentar desfazer as teias de aranha do conhecimento obscurecido pela Idade Média, mas com o erro básico de ter invertido o sentido do pensamento: “Existo logo sinto e penso”. Ou noutra ordem, mas com o penso depois do existo.

No Moderno surgiu a crença que tudo poderia ser desvendado por meio da razão e da ciência.

“...na visão iluminista que se desenvolveu no interior da modernidade ocidental, partia-se do pressuposto de que as estruturas do mundo natural e social podiam ser desvendadas por meio da razão e da ciência. Estas últimas tecnologicamente lhes permitiria domar a natureza, mas também levaria a uma tecnologia social paralela, destinada a aperfeiçoar a vida social e a introduzir a boa sociedade.”. [3]

A mistura entre a supremacia da fé e a razão da Razão, nasceram os dogmas de fé ancorados na razão, tão comuns na prática médica, onde opiniões baseadas no poder de alguns, se travestem  de “Saber”, tão supersticiosos, manipuladores e comprometidos com falsidades, muitas vezes muito mais do que se quis evitar, desconsiderando os conhecimentos empiricamente comprovados.

Para contrapor estes “saberes”, e corrigir esta mistura, iniciam-se o trabalhos de medicina baseada em evidências. Evidens do latim, clarear. Evidente, que é claro, que não precisa de provas.

Presumia-se que as nações ocidentais,  as primeiras a desenvolver e aplicar tal conhecimento, estavam muito adiante no processo de desenvolvimento social e poderiam manter confiantemente sua liderança na medida em que os povos de outras partes do mundo procuravam, com muito empenho, seguir e colher os benefícios da modernização.

O comprometimento com esse ideal fundamental significava a rejeição a todos os corpos anteriores do conhecimento, considerados dogmáticos e irracionais. Julgava-se que a modernidade acarretaria um implacável destradicionalismo.

As orientações coletivas dariam lugar ao individualismo, a crença religiosa seria substituída pela secularização e o sedimento acumulado de usos e costumes, bem como as práticas cotidianas, se renderiam à progressiva racionalização e à busco do “novo”.

A “tradição do novo” (modernismo) resulta em questionamento de todos os  modos relativos aos valores fundamentais. 

Com os trabalhos de Darwin, “A Origem da Espécies”, “A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais”, dá-se uma volta da espiral, vindo do estágio descrito anteriormente, ao estágio autoconsciente transformado nas ideias da Ecologia, Etologia (ciência do comportamento animal),  na Física, com Albert Einstein e a relatividade,  no estudo das partículas, na incerteza de Heisenberg, onde em lugar de matéria sólidas e certezas, temos grandes espaços, campos de força e só probabilidades.

Renova-se a ideia do tecido das relações, da rede onde tudo é o centro,  de organismos dentro de um organismo maior.

No século XX , contrastando com o valor atribuído a vida ordenada, à produtividade e à frugalidade, encaradas como elementos essências da ética protestante, que estabeleceu as bases da modernidade capitalista, houve uma mudança em direção ao consumo, ao lúdico e ao hedonismo.

Com isso vai se descorporificando o cotidiano, tornando-se virtual.

Temos nosso curso que propicia nos conhecermos. Uma “Avatar” (mulher virtual) do programa “Second Life” é considerada uma das mulheres mais sensuais do planeta. Fazemos sexo via internet. Com certeza boas amizades também.

Uma publicidade está sendo veiculada atualmente na televisão: um ser barbado se agita e é questionado, como que ele não está baixando filmes, mandando mensagens, escutando música, falando com o mundo. Como é que ele está perdendo tempo, as coisas estão acontecendo! Ele necessita da banda larga, sem ela ele está fora do mundo.

No mundo sentado numa cadeira, acelerando em direção ao mesmo lugar.

Muitas novas possibilidades,  de antigas ações.

 

Tecnologia

 

Mito de Sisifo - Sisifo  rolava uma pedra até o cume de uma montanha, com muito esforço, e ao alcança-lo, tinha como sina a pedra rolar de volta ao lugar de partido. Sisifo recomeçava, e esta era sua sina.

Albert Einstein : “A tecnologia isolada é como dar um machado a um louco furioso”.

Lao Tsé século VI  a.C. “perseguir, caçar e montar, tornaram o homem selvagem...”

 

Olhando no decorrer da História, vemos que as alterações que ocorreram na nossa consciência estão associadas com mudanças tecnológicas.

Assim, quando a oposição entre o polegar e o indicador ocorreu a habilidade em fabricar instrumentos explodiu.  Quando conseguiu manejar o fogo pode descer das árvores e dormir em volta das fogueiras  com segurança.  Ao caçar em grupo, e desenvolver utensílios, ao montar outros animais, ao inventar a roda, especializou-se o homem e especializou-se a mulher. Dominaram a natureza. Especializaram-se em dominar e acabaram dominados. Por um período a mulher pelo homem.

Os chineses tinham o “I Ching” há  5000 anos, inventaram a bússola, a pólvora, o canhão e o macarrão, mas,  não sei por que,  diz-se que a ciência foi inventada na Grécia.

Esta era  parte de um corpo de conhecimento com a ética, a filosofia, a mitologia, a astrologia. O panteão grego, com seus Deuses e Deusas, cheios de emoções e humores, eram cultuados por Hipócrates, o pai da medicina. Este ia ver as águas, os ares e os lugares em que a pessoa a quem ia atender morava. Fazia antes do exame físico a carta astrológica do paciente.

Aristóteles inventou a lógica. Filósofo e pioneiro em várias ciências, valorizava o conhecimento obtido pela observação de fenômenos naturais.

Foi o filósofo aceito pela Igreja Católica absorvido via São Tomás de Aquino.

Na idade média suas ideias e teorias tornaram-se imutáveis.

A Terra era o centro do universo, e os que discordaram foram queimados, como Giordano Bruno, ou obrigados a se desdizerem como Galileu: “...mas que gira em torno do Sol, gira”.

Herdeiro e fruto da mistura da fé religiosa e sua inquisição, com a reação de Descartes e Newton,  o humano “civilizado”,  com sua visão antropocêntrica, passou a crer no progresso indefinido. A fé dogmática religiosa, converteu-se na fé científica. Até a metade do século XX, o homem  acreditou ser capaz de tudo resolver.

Havia descoberto os antibióticos, a anestesia, a energia elétrica, dominou a energia atômica, viajar ao espaço, tudo era possível. Construiu grandes cidades, grandes usinas, inventou o avião e o automóvel.

Com suas invenções tecnológicas, ficou escravo delas.  A paisagem mudou. As cidades passaram a ter grandes trevos, avenidas,  tudo que fosse necessário para que os automóveis pudessem melhor circular. Consumiu e sujou o ar que respira e acabou por produzir uma estufa.

A terra, uma bola de ferro incandescente, girando solta pelo universo, e nós, senhores na sua crosta, a nos servirmos num banquete farto e cego.

A tecnologia é fruto da ciência, mas isolada não é ciência. É perversão; fica insana.

Uma frase na década de 1970 quando se discutia a importância das crenças médicas  da época: “Se querem tanta assepsia, por quê não esterilizam o bebê na autoclave!”

A medicina seguiu a visão de mundo de sua época.

Confundiu-se  ciência com tecnologia, longe da ética e da filosofia.

Associada ao sistema atual em que só tem valor o que se traduz em monetário, e que este valor deve se transformar e produzir mais valor, ficou vinculada aos resultados da bolsa de valores.

Há o uso e abuso da tecnologia. Seus instrumentos tem que dar lucro.

Assim, os instrumentos, aparelhos, remédios e materiais, são submetidos a lei de mercado e da bolsa de valores, tendo que equacionar e prestar contas. Os benefícios que traz a saúde do planeta e de seus integrantes por um lado,  e ao sucesso econômico do empreendimento.

Trabalhos já mostraram que a generalização da  cardiotocografia, desde 1979, não é efetiva. Funciona como placebo. O mesmo se escreveu sobre a ultrassonografia, que nas gestações de baixo risco não melhora os nascimentos.

É efetiva nas gestações que tem alterações e risco elevado, e aí sim, guiado pelas evidências, passa a ser um instrumento salvador.

Já está havendo uma mudança radical neste sistema, obrigado a contragosto pela Terra, que está provocando febres, degelos, inundações e futuras glaciações.

Já é parte do conhecimento humano, há pelo menos 100 anos, do que está acontecendo e houve relutância em mudar.

A visão de seres isolados, lutando pela vida, vencendo o mais forte está caduca.

A visão, é a visão dos que sempre souberam que fazemos parte de um Todo, e o que o Todo está em suas partes. É onde a intuição tem lugar.

 

O  fator de presença

Uma mulher pode ter engravidado, mas não estar grávida.

Pode-se estar perto mas não estar junto.

Pode-se estar olhando e não vendo.

É preciso prestar atenção.

E atenção só acontece no agora.

Um estudo prospectivo realizado na Guatemala pelo Prof. Sosa, mostrou que quando uma gestante  foi acompanhada por uma pessoa que dava amparo e afeto, aconteceram muito menos  intervenções, sejam complicações ou cesarianas.

 

A equipe ideal é a que se entrosa e que recebe o nascimento como um evento, onde existe a sinergia entre os protagonistas.

Este trabalho foi continuado por Kenneth Klaus, nos EUA,  que emprestou do grego o nome “Doula”, para designar esta acompanhante interessada, que não precisa de conhecimentos técnicos, mas sim a disposição afetiva de servir.

Doula em grego significa serva.

A Doula vai dar suporte para a mãe, para o pai e pode ser o elo que se faça necessária, preenchendo o espaço que foi esvaziado.

Basta estar presentemente presente.

Qualquer um pode ser Doula,  inclusive o médico obstetra.

A ação acontece no agora. Toda as informações que já recebemos e trazemos são atualizadas. Existe um fator de presença, que pode e deve ser ampliado.

Nossas funções melhoram quando prestamos  atenção. Nossas soluções são melhores no presente. A presença de espírito, é a presença de nossa presença.

É nesta atenção plena que vivemos o Nascimento. E o Nascer é o Presente, para a mulher que se torna mãe, para a criança que já estava, e chega,  para o que se torna pai, para quem está presente.

É no Presente que se encontra o Humano

 

Concluindo 

Cito uma palavra em sânscrito, que descreve a condição humana:

Avydiaé o contrário de ver. Avydia significa ignorância. Nas “tankas” tibetanas, ela é representada como a mãe vendada, caminhando em direção a um abismo.

Vydia em sânscrito é visão, ver.  Evidências, que clareiam e nos alimentam a consciência, que a ciência, a arte e a intuição, tem como missão deixar o amor visível.

 

 

 

[1]  O Profeta, Gibran, K. LPM Editores,2001

[2] A Situação Humana, Huxley, A. Círculo do Livro, 1977

[3] O Desmanche da Cultura – globalização, Pós Modernismo e Identidade, Featherstone, M. Livros Studio Nobel,1997.